ESTÓRIAS DE AMOR

sábado, 11 de outubro de 2008

Olá, como prometido aqui está a postagem do primeiro capítulo desta estória, espero os comentários de vocês e, de repente, sugestões.
Beijos.

DIÁRIO DE UM ROMACE
De Ana Lúcia Ricon e Hilneti Vargas


1º Dia – Entra a voz em off antes da luz subir.
“Cada momento da vida, parte de um “marco zero”, às vezes, não se percebe esse arco e se pensa que tudo está realmente “iniciando do nada”. Esquecemos que nada é sem propósito, ou gratuito, tudo obedece a lei da física: “a cada ação corresponde uma reação igual ou inversamente proporcional”. Será que o amor também obedece essa lei?”
A luz vai subindo lentamente como se fosse o dia amanhecendo. O palco deve estar vazio e deve ser uma sala completamente despojada. Quando a luz estiver a 100%, Renata entra, ela acabou de chegar da rua, de uma noitada e, literalmente se joga no que seria o sofá. Pega o violão e começa a “brincar” de tocar, começando a anotar alguma coisa no bloco em cima da mesa – MÚSICA: “QUANDO VI VOCÊ PASSAR”. Toca o telefone, ela atende.
RENATA
Alô... Ah, oi mãe... tudo...um favor? Diga... Ah mãe! Isso é sacanagem, você quer que eu fique com uma criança no meu apartamento?! Você sabe que eu não tenho saco pra crianças! (pausa – ela tira o fone do gancho e “caça” o maço de cigarros no bolso, achando acende e dá um trago e um suspiro, volta a ouvir) Tá bom mãe, mas você avise a ela que eu não cuido de ninguém, ok?... Ta bom, mãe... tchau...(pausa ela coloca o telefone no gancho) Era só o que me faltava, ter uma “patricinha do interior” em casa pra me encher o saco! (ela pega o violão e continua a tocar – a luz vai mudando se tornando noite b.o rápido – sonoplastia da campanhia entra em fade – ela acorda puta da vida) Já vai! (levanta tropeçando em tudo, machuca o pé) Puta que pariu! Já vou cacete...(ela abre a porta e Paula entra)
PAULA
Oi... a Renata está?
RENATA
Sou eu... quem é você?
PAULA
Eu sou a Paula... (pausa - sem graça) Sua mãe não avisou que eu vinha?
RENATA
Paula...
PAULA
(decepcionada) Acho que sua mãe não te avisou da minha vinda...
RENATA
(como se lembrasse) Claro! Paula, a filha da amiga da minha mãe... Desculpa a cara de pastel, mas eu acabei de acordar...
PAULA
Eu é que te peço desculpas por te acordar.
RENATA
Entra... Ta na boa, (olha o relógio) afinal já é hora mesmo... (as duas se olham sem jeito) Minha mãe me ligou na madrugada, eu tinha acabado de chegar, tava (interrompe)... enfim, a última coisa de que me lembro foi de ter pensado em sair do sofá... (as duas riem) fica à vontade e, desculpe a bagunça, mas é que eu quase não paro em casa... (ela meio que cata as coisas que estão espalhadas)
PAULA
(sentando) É... sua mãe falou que você não pára mesmo... eu não quero atrapalhar.
RENATA
(sentando e acendendo um cigarro) Vamos ver... você sabe ir ao banheiro sozinha?
PAULA
(assustada) Como?!
RENATA
É... você sabe ir ao banheiro sozinha? Sabe comer sozinha? Sabe andar sozinha (a outra relaxa) Então ta na boa, você não vai me atrapalhar... (as duas riem) Assim está melhor... bebe alguma coisa?
PAULA
Água.
RENATA
(voltando com uma garrafa descartável) Olha, eu acho um saco com essa coisa de copo, por isso tenho sempre uma garrafa pra mim, se você quiser pode pegar essa pra você, depois eu compro uma pra deixar na geladeira.
PAULA
(sem jeito pq a garrafa é grande) Ah...tá legal...
RENATA
(sorri) Você não leva jeito pra isso, espera... (ela pega um copo, voltando) Ta aqui... (pausa) Então, você veio pra cá estudar, não é?
PAULA
Pra dizer a verdade eu vim pra fazer residência, eu já sou formada...
RENATA
(surpresa) Já formada? Formada no que?
PAULA
Eu sou médica.
RENATA
(mais surpresa ainda) Médica?! Você entrou pra faculdade com dez anos?
PAULA
Não, entrei com 16 e estou com 22... por isso já sei fazer as coisas sozinha.
RENATA
(sorri do humor dela) Eu gostei disso! Você respondeu à altura! Me deu uma sacaneada...Você é mais velha do que minha mãe falou
PAULA
Até minha mãe erra a minha idade, isso deve ser uma coisa de mãe...
RENATA
É... (ela encara a menina e não consegue sustentar o olhar) Você realmente me desculpe pela bagunça... e, pelo meu estado, mas ontem...
PAULA
Não se preocupe com isso, eu não ligo pra essas coisas. (as duas ficam em silêncio se encarando) A sua mãe falou que você escreve.
RENATA
É, eu sou redatora de revista adolescente.
PAULA
Escreve pra eles, mas não os suporta?
RENATA
Mais ou menos isso... (pausa) Brincadeira, eu até gosto de adolescentes, dizem que cozidos no vinho são imperdíveis! (as duas riem) Agora sério, minha preocupação era ficar tomando conta, entende? Adolescentes são legais, desde que você não seja pai e mãe.
PAULA
Eu entendo, só foi mais uma provocação.
RENATA
Ok, já percebi que você é jogo duro, vou ter que melhorar o meu back hound... (pausa) Você ta com fome? Acho que podemos pedir alguma coisa pra comer.
PAULA
Eu to com fome sim, mas preferia sair e conhecer alguma coisa, porque eu começo na segunda no hospital.
RENATA
Então, vamos sair... ou você quer tomar banho, se arrumar...
PAULA
Só se nós formos a algum lugar mais cheio de coisa.
RENATA
Não, eu vou te levar no reduto da boemia, onde a comida é boa e um pouco mais barata.
PAULA
Ótimo! Eu só queria colocar minha mala em algum lugar.

RENATA
Claro! Vamos, eu vou te mostrar o apartamento e você já coloca no seu quarto.
Elas saem de cena e a luz vai saindo em fade, ficando só o que seria a luminária.

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A volta!

Olá amigos,
já tem algum tempo que criei este blog, mas por uma pura e total incompetência no manejo da informática, acabei esquecendo o endereço, assim como também não divulguei este endereço corretamente, mas agora já entendi como funciona e vou tentar apresentar a vocês.
Também vou tentar me determinar a postar, pelo menos, uma vez por semana, para que possa sempre ter novidade por aqui. Com isso, espero que vocês façam a parte que lhes cabe, postando comentários, ok?
Meu objetivo é trocar idéias, apresentar o que escrevo, por isso a participação de vocês é tão importante, só com essa resposta posso melhorar e fazer boas estórias.
Proponho logo de início que vocês me deixem sugestões de estórias, como por exemplo uma situação de encontro.
Vou ficar esperando.
Beijo a todos

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